Beliches, carregadores coletivos e quartos por gênero: veja por dentro as escolas transformadas em hostel na COP 30

COP 30: Veja como estão escolas transformadas em hostels para hospedagem em Belém As tradicionais carteiras foram trocadas por beliches em três escolas estad...

COP 30: Veja como estão escolas transformadas em hostels para hospedagem em Belém As tradicionais carteiras foram trocadas por beliches em três escolas estaduais em Belém para receber hóspedes na COP 30. As unidades de ensino passaram por reformadas e agora estão adaptadas para servir de hostel até o fim da 30ª Conferência das Partes sobre Mudança do Clima (COP 30), que começa na segunda-feira (10) na capital paraense. 🛏️Três das 17 escolas prometidas para funcionar como hospedagens para 5 mil pessoas na COP vão, de fato, receber participantes do evento da ONU, com atendimento bilíngue em português e inglês. 🏢 As unidades são: a Escola Estadual Augusto Meira, no bairro São Brás; Escola Estadual Marechal Cordeiro de Farias e Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, ambas no bairro Souza, mais próximas do Parque da Cidade, local oficial da COP. Os estudantes estão de férias escolares até 21 de novembro, período da COP 30, na rede estadual e nas escolas municipais de Belém. A medida foi tomada para ajudar na mobilidade e por questões de segurança. O g1 visitou com exclusividade, entre quinta (6) e sexta-feira (7), as três escolas onde os hóspedes são recebidos e, em todas elas, há vagas disponíveis. 📲 Clique e siga o canal do g1 Pará no WhatsApp Veja aqui todas as informações sobre a COP 30 Apenas 3 das 17 escolas prometidas para virar hostel vão receber hóspedes na COP COP 30: Escola Estadual Marechal Cordeiro de Farias foi adapatada como hostel em Belém Beatriz Reis/g1 Quartos femininos e masculinos As salas de aula receberam de quatro a nove beliches, dependendo do tamanho de cada uma. Os quartos foram separados por pavimento, sendo que um andar ficam os quartos femininos e no outro, os quartos masculinos. Todos os quartos ganharam beliches de solteiro. "Estamos recebendo os primeiros hóspedes, que já fecharam em pacote ou que vieram individualmente, e a gente faz as distribuições dos quartos de acordo com a lotação, mas também uma questão de gênero. Abraçamos o que cada um trouxe e pensamos em como tratar para que a pessoa se sinta tranquila, feliz e acolhida e para que não haja nenhum tipo de indisposição ou conflito desnecessário", detalhou Daniel Galvão, responsável pela recepção na Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima. COP 30: Escola virou hospedagem em Belém Beatriz Reis/g1 Escola Estadual Augusto Meira, em Belém, está sendo usada como hostel na COP 30 Beatriz Reis/g1 De acordo com a Seduc, a decisão de fazer uso de três escolas e não mais foi para "atender ao volume e ao perfil de demanda percebida para hospedagem". Das três escolas, o hostel Biocliean, na Escola Estadual Marechal Cordeiro de Farias, é que tem mais vagas. "Estamos com baixa procura. Foi divulgado em mídias sociais, plataformas de hospedagens, estamos aguardando o pessoal acessar. A escola está pronta, tudo arrumadinho", informou o encarregado do local", informou Eli Júnior, encarregado no local. Com a redução de escolas recebendo hóspedes, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) não informou o quantitativo total de pessoas que ficarão nesses hostels. Não foi divulgado oficialmente também quantas vagas ao todo em cada uma das escolas. Escola Cordeiro, em Belém Beatriz Reis/g1 Espaço de convivência e cozinha 🚿 As unidades de ensino ganharam novas pinturas, melhorias de acessos, instalação de novos banheiros, novas centrais de ar, além de outras pequenas adaptação das unidades para padrão de hostel, incluindo a colocação de beliches, adaptações internet e carregadores comunitários para carregar equipamentos. "Será que eu tenho onde me hospedar?' Tem. Nós temos sim, modelo de hostel. Temos toda estrutura, cama, travesseiro, toalha, totem [de carregadores] nos quartos, acesso à internet, estrutura completa com espaço de convivência, interação", detalhou Michelle Queiroz, responsável pelo hostel na escola Estadual Augusto Meira. Segundo ela, a maioria das reservas é para jovens, incluindo estrangeiros da Alemanha, França e Dominica. Escolas que viraram hostels ganharam totem de carregar celular Beatriz Reis/g1 O governo estadual contratou empresas para serem responsáveis pela organização dos hotels durante a COP. O valor para contratação e o preço das diárias não foi informado. As cozinhas são de uso comunitário, mas há também uma cozinheira terceirizada disponível. Mesmo ainda sem todas as reservas feitas, a expectativa nos três hostels é que todos os quartos sejam ocupados com o início da COP. "Vamos receber da melhor forma possível, para que seja uma experiência muito boa, tanto em relação à COP quanto na questão humana nesse ambiente compartilhado com pessoas de todo mundo e que, naturalmente, sempre vão poder compartilhar as suas experiências e aprender coisas novas", disse Daniel Galvão. COP: Escola Cordeiro em Belém hospedagem Beatriz Reis/g1 COP 30 em Belém: Escola Estadual Augusto Meira foi reformada para receber participantes da conferência da ONU Beatriz Reis/g1 Em agosto deste ano, seis escolas já estavam com obras concluídas: Ulisses Guimarães, Augusto Meira, Paulo Maranhão, Aldebaro Klautau, Mestre Idalina Rodrigues Pereira e General Gurjão. O plano original previa que as reformas ampliassem a capacidade de hospedagem na capital durante a conferência, que enfrentou uma crise de falta de leitos e também de preços abusivos. Começam as férias escolares em Belém, Ananindeua e Marituba devido à COP 30