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Poeta Paulo Henriques Britto toma posse da cadeira de número 30 da Academia Brasileira de Letras

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Poeta Paulo Henriques Britto toma posse da cadeira de número 30 da Academia Brasileira de Letras
Poeta Paulo Henriques Britto toma posse da cadeira de número 30 da Academia Brasileira de Letras (Foto: Reprodução)

O poeta Paulo Henriques Britto é eleito para a ABL O poeta Paulo Henriques Britto tomou posse da cadeira de número 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL). É a posse do mais novo imortal da Academia, mas Paulo Henriques Britto foi recebido como um antigo conhecido. Miriam Leitão, jornalista e imortal da ABL, comentou: “Ele aparece muito modesto, ele chega assim como quem não quer nada, mas ele traz uma bagagem impressionante.” O mérito foi conquistado em quase cinco décadas de trabalho. O carioca Paulo Henriques Britto tem 14 livros publicados, a maioria de poesia, entre eles o premiado "Macau". Além de escritor e poeta, também é professor de tradução e literatura na PUC-Rio, e é considerado um dos maiores tradutores do país. Ele traduziu mais de cem livros da língua inglesa para o português e também traduziu para o inglês dez livros de escritores brasileiros. Uma posse na Academia Brasileira de Letras é sempre cercada de simbolismos, como o famoso fardão, o traje oficial usado pelos acadêmicos em cerimônias oficiais. Para o mais novo imortal, o fardão tem um significado ainda mais especial: ele pertencia ao também acadêmico Cândido Mendes, que morreu em 2022. Paulo Henriques traduziu algumas obras do falecido escritor para o inglês e recebeu o fardão da viúva de Cândido, a médica Margareth Dalcolmo. Margareth Dalcolmo comentou: “Ele ficou muito contente, ficou muito emocionado, tanto quanto eu.” Paulo Henriques Britto vai ocupar a cadeira número 30, anteriormente pertencente à escritora Heloísa Teixeira, que morreu em março deste ano. Ela foi citada no discurso de posse. O poeta também recordou o ambiente político do Brasil no início da década de 1980, quando começou a publicar seus poemas: “Quando li 26 poetas hoje, percebi que eu e aqueles poetas tínhamos muito em comum. A sensação de não pertencermos ao mundo a que pertencíamos inevitavelmente, a repulsa aos valores autoritários e conservadores impostos a toda uma nação, o desejo irrefreável de transgredir, o fascínio pela contracultura e o impulso de escapar do clima sufocante do Brasil naquele período.” Paulo Henriques Britto comentou sobre a posse: “É uma sensação muito boa, muito agradável, sem dúvida, e é uma honra, um privilégio a gente entrar para essa Academia.”